No último domingo (8/dez/2019) demos uma volta pela Feira Nacional de Artesanato que aconteceu no Expominas, aqui em Belo Horizonte nesta última semana. A Feira está na sua trigésima edição e como de costume trouxe inúmeros expositores de quase todos os estados brasileiros e também de outros países como o Senegal, África do Sul e Colômbia. Eu fiz um monte de fotos e à medida que for postando abaixo comentarei cada uma delas para dar uma ideia da feira.
A Feira ocupa todo o hall do ExpoMinas, tanto a parte interna quanto a parte externa. Na parte externa há a exposição (e vendas, logicamente) de artesãos de diferentes cidades mineiras, o que também acontece no hall principal. Além disso há barracas vendendo produtos industrializados e produtos indígenas.
Vamos às imagens, que estão em ordem cronológica seguindo a nossa rota pela Feira.
Entrada da Feira - Ingressos a 15 Reais, porém havia desconto para estudantes, crianças pequenas não pagavam e funcionários da Caixa Econômica Federal podiam retirar ingressos gratuitamente.
Artesãos de cidades mineiras levaram artesanato típico de sua região para a Feira.
Uma coisa muito interessante é o quanto as diferentes regiões e cidades de MG produzem artesanatos tão belos e diferentes das demais. Meu país, Minas Gerais. :)
Frutas esculpidas em madeira.
Cada estado brasileiro tinha um bloco onde diferentes artesãos do estado expunham seus produtos.
Esta divisória é feita à mão em Recife/PE.
No detalhe da divisória dá pra ver os dedos do pé da pequena figura humana que dá forma à peça. Estes elementos são esculpidos à mão, individualmente e colados na estrutura da divisória.
É muito interessante o quanto o artesanato de Pernambuco faz lembrar o do interior de MG. Diferente da Bahia, que faz divisa com MG, Pernambuco está milhares de km ao nordeste de MG, mas mantém uma forte conexão cultural.
Não conheço a história de Pernambuco, mas é de se imaginar que tenha muitos elementos em comum à de MG, daí existirem tantas semelhanças no artesanato típico.
Não podia faltar o berrante...
O pessoal do Rio Grande do Norte trouxe belíssimas rendas e produtos em tecidos.
Sergipe é um estado menos visitado por mineiros do que a Bahia, apesar de em todas as praias do mundo existir algum mineiro (de Belo Horizonte e Região Metropolitana).
O sincretismo foi uma das coisas que mais chamaram À atenção no estande de Sergipe.
O pessoal da Paraíba trouxe algumas luminárias muito bonitas.
Não sei se é uma influência africana ou indígena, mas achei muito bacana.
Rio de Janeiro marcando presença na Feira Nacional de Artesanato.
Um pouco da arte de Sergipe.
O pessoal de Alagoas trouxe alguns itens muito bonitos para a Feira.
Estas luminárias são perfuradas À mão e em cada furo é colocada uma
pedrinha colorida. Bem bonito.
Bahia querida! Eu cheguei no estande e disse ao artesão "agora estou em casa!". E ele começou a contar sobre a feira e disse sobre uma feira que aconteceu em Salvador anos atrás, dizendo "você se lembra daquela feira, que aconteceu em tal lugar.." como se eu fosse baiano de Salvador! É muito engraçado o quanto os baianos acham que eu sou baiano de Salvador. Fico muito feliz e honrado. Bahia, melhor lugar. :)
Aliás, um dos meus avôs tinha Bahia no sobrenome - Américo Bahia do Nascimento (daí o Nascimento do meu sobrenome, Ariomester Nascimento).
Belo Horizonte marcando presença. A gente é tão bairrista aqui em MG que é estranho um estande de Belo Horizonte como mais uma cidade de MG. Pra gente, o nosso estado inteiro é BH e região metropolitana.
Os SEBRAES também tinham estandes, que apresentavam um artesanato mais "refinado", por assim dizer.
Uberlândia marcando presença.
Estande do SEBRAE Espírito Santo.
Artesanato feito com conchas e estrelas do mar. Muito bonito e sofisticado.
Bastante arte indígena no estande do Amazonas.
O estado do Tocantins é relativamente recente. Mas naquela região há forte tradição indígena e isso fica bem claro no artesanato que foi trazido à Feira.
Estande do estado do Paraná.
Caixas em marchetaria especial. E ovos de galinha e de ganso pintados à mão (e preenchidos com gesso).
O SEBRAE/CE marcando presença.
Estande de Santa Catarina.
Estande de São Paulo.
Estande de Minas Gerais (além de todas as barracas dedicadas ás cidades mineiras e ao SEBRAE/MG).
Barracas de doces são sempre muito celebradas.
SEBRAE/DF.
Estande do SEBRAE/MG.
Esses vasos gigantes fizeram muito sucesso! E foram vendidos. Um a R$393 e o outro a R$363.
Estande do Ceará.
Um dos estados mais ricos em termos culturais é o Pará. E também um dos que traz os artesanatos mais singulares, sob forte influência indígena.
Vasos de argila vindos diretamente do Pará.
Vasos de argila vindos de Belém do Pará.
Estande de Mato Grosso.
O Acre é um dos estados da Região Norte do Brasil e também nos presenteou com arte de forte influência indígena, provavelmente a mais forte dentre todos os expositores da Feira.
Arte Paranaense.
Arte mineira.
O artesão leva um mês para fazer uma réplica de igreja matriz como esta. É um trabalho delicado e repleto de detalhes. Em cerâmica.
Xadrez Mineiro estilizado.
Atividade de conscientização de coleta seletiva de lixo para crianças.
Além dos estandes de arte regional, haviam expositores de produtos industrializados.
Ding-Dong.
Arte turca.
Alguns países africanos estavam presentes na Feira neste ano. Estande da África do Sul.
Estande do Senegal.
Estandes das cidades mineiras.
Minas Gerais é maior que a Alemanha. E tem uma diversidade cultural muitas vezes maior.
Esta máquina aquece o queijo até derreter e formar uma crosta de queijo, que o rapaz raspa e coloca num pão de queijo. Eita trem bão.
Mais estandes de cooperativas mineiras. Produtos de grande qualidade.
Este queijo é um canastra especial com mofo branco, maturado. É difícil explicar o quão bom ele é. Supera a maioria dos queijos gorgonzola que já comi, com muita facilidade.
Não obstante um queijo maravilhoso e um pão de queijo sensacional, o rapaz raspa a crosta de queijo derretido e a utiliza como recheio do pão de queijo. E ainda tem a opção de colocar melaço de cana para completar. É muito bom mesmo!
No detalhe, a crosta do queijo se formando.
Moda indiana se fazendo presente na Feira. Mas o pessoal falava português.
Outro estande africano (não perguntei a nacionalidade).
Oriente Médio se fazendo presente. Mas os atendentes eram brasileiros.
Na parte externa do hall haviam barracas vendendo produtos industrializados e bastante arte e produtos indígenas.
Em resumo, a Feira Nacional de Artesanato é uma excelente opção de compra de produtos regionais e também um ótimo passeio em família. A diversidade social e cultural brasileira deve ser celebrada e esta é uma das ocasiões quando isso é mais forte. Vale muito a pena.
Site: http://www.feirnacionaldeartesanato.com.br
