segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Rumo ao Roncador!! - pt.1

Hoje é sábado, dia 4 de agosto de 2018 e escrevo aqui de Belo Horizonte/MG. Na verdade em poucos minutos já estaremos em 5/8 e hoje o dia foi cheio de pequenas grandes atividades que tomam um baita tempo da gente, mas são muito importantes. Estamos nos preparando para irmos ao Roncador, como costumamos chamar à Serra do Rocnador, no estado do Mato Grosso. Iremos eu, minha esposa e um casal de amigos que eu diria é praticamente minha irmã e um cunhado gentil - pessoas extremamente queridas.

Alguns dias atrás a minha esposa disse que eu deveria escrever mais, como fazem os autores, já que segundo ela, eu escrevo bem e poderia facilmente escrever bons livros. Bem, nunca escrevi nada que fosse maior que 80 páginas e estou tomando esta viagem ao Roncador como uma espécie de teste para mim mesmo: se eu conseguir escrever bastante, quem sabe eu pense em organizar algum livro. Caso contrário, vamos ver o que o futuro nos reserva.

Bem, existe um motivo bem claro para irmos ao Roncador e outro bem menos evidente. O motivo claro é que lá está localizado o Sistema Geográfico do Roncador, uma região maravilhosa de elevada espiritualidade, compreendida por cidades subterrâneas formidáveis e misteriosa natureza sobre a superfície... não por acaso existem tantas lendas e histórias extraordinárias envolvendo aquelas regiões: é o ponto central de muita magia e elevada espiritualidade, como um tipo de coração do Brasil.

Ao longo dos dias do passeio tentarei, todos os dias, escrever algo a respeito da viagem e postar aqui no blog. Quem sabe eu consiga o suficiente para ter um livrinho, ainda que não tenha dinheiro para editá-lo e nem creio que alguém se arriscaria a lançá-lo afinal por mais que o tema "hi-life" esteja em alta, não sei se uma viagem levada a efeito por quatro pessoas comuns seria o suficiente para alavancar vendas de livros em volume o suficiente para justificar um investimento tão alto. Veremos.

Embarcamos na segunda feira, dia 6 para esta jornada e até lá vou tentar falar um pouco sobre as nossas razões evidentes e nem tão evidentes de irmos pra lá.

Somos todos membros da Sociedade Brasileira de Eubiose e para nós, o Roncador é Sagrado com "s" maiúsculo. Creio que ao longo do passeio eu consiga explicar mais claramente porque pensamos dessa maneira em relação ao Roncador. Por enquanto vamos começar a tatear o assunto.

Segundo contam as Tradições, em tempos remotos a Divindade mudou-se da Face da Terra para o seu interior, para que as relíquias fossem bem guardadas e protegidas da fúria das pessoas sobre a face da Terra. Na época, conhecida como Atlântida (que não era uma cidade, mas um período antropológico), as diversas regiões do globo abrigavam tanto a humanidade comum (como a que hoje existe sobre a Terra), quanto as Divindades e infelizmente remanescentes da primeira humanidade, que eram na verdade um tipo de híbrido humano-animal. Era o famoso elo perdido entre os antropóides e os símios, que acredite se quiser, ainda existia naquele tempo... faz bastante tempo!

Após muitas eras de paz a Atlântida entrou em guerra consigo mesma e as pessoas "comuns", tomadas pela loucura instalada por elas mesmas, começaram a destruir furiosamente todas as coisas sagradas. Todos os templos foram profanados e as relíquias começaram a sofrer danos severos, sobretudo as relíquias morais e espirituais, em grande dose representada pela Divindade e pelas pessoas que se dispunham a acompanhá-las. Se por um lado os atlantes destruíam templos ancestrais e objetos históricos valiosíssimos, ao corromperem a moral de pessoas até então corretas ou mesmo desrtuí-las por violência, acabavam por destruir as relíquias humanas. Sem contar a degradação dos cultos e costumes, destruindo os bons hábitos que ali existiram.

Por isso que as Divindades decidiram migrar para o interior da Terra, levando com elas as relíquias e pessoas de valor, que ainda eram puras, isto é, não se deixaram corromper. Como resultado dessa migração artificial, a Divindade não pôde mais fixar-se de maneira séssil como fazia até então, necessitando transitar de tempos em tempos através das diferentes regiões intra-terrenas de modo a acompanhar um ritmo ou trajetória chamada por nós por "itinerário de IO".

Assim, de tempos em tempos verdadeiras metrópoles foram construídas bem abaixo dos pés das pessoas, tão mais interessadas com as pequenas picuinhas do dia a dia...

Daí surgirem os "Sistemas Geográficos", existindo atualmente apenas três em atividade: O Sul Mineiro, ao redor da cidade de São Lourenço/MG; o Itaparicano, que tem como ponto mais alto a Ilha de Itaparica/BA e o do Roncador, que tem como ponto mediano a cidade de Nova Xavantina/MT. Por este motivo nesta três cidades existem Templos da Sociedade Brasileira de Eubiose em plena atividade, onde rituais a favor do aprimoramento da humanidade e desenvolvimento do Brasil são realizados diariamente, sem cessar.

Existem ainda, três sistemas auxiliares nem tão utilizados, mas que no passado tiveram uma atividade muito mais evidente - localizam-se relativamente à cidade de Teresópolis/RJ, ao Parque Estadual de Vila Velha/PR e em algum lugar próximo entre o Tocantins e o Rio Grande do Norte. Dos Sistemas Geográficos em atividade, o do Roncador é o maior, estendendo-se do rio que divide os estados de Goiás e Mato Grosso, em Barra do Garças/MT, nossa primeira parada; indo até a fronteira com o Pará nos arredores da Serra do Cachimbo, em São Félix do Araguaia e Vila Rica.

O Sistema Geográfico do Norte, entre o Rio Grande do Norte e a Bahia, mas com pontos importantes no interior do continente, ao redor de Tocantins, assim como o Sistema Geográfico do Sul, ao redor do (atualmente) Parque Estadual de Vila Velha era bastante importante espiritualmente na época em que os fenícios estiveram no Brasil, a cerca de 1000 anos atrás e ainda numa incursão mais antiga, antes de Cristo. O Sistema de Teresópolis também data desta época, sendo o do Roncador ainda mais antigo que ambos, já desativado há muito tempo.

Porém, dados os eventos maravilhosos ocorridos em meados dos anos 1950, quando o famoso Arcanjo Lúcifer foi redimido e reconduzido ao seu posto como Anjo Luminoso, o Roncador passou a protagonizar eventos da mais sublime espiritualidade. O antigo Sistema foi reativado, para que a Divindade relativa ao Anjo que um dia caiu tomasse tal região como sua morada, nos Mundos Interiores e lá encontra-se atualmente, rodeado pelos de sua corte, em grande parte gênios que a humanidade conheceu através de diversos nomes como Giovanni Papini, Sócrates, Richard Wagner e tantos outros de igual ou ainda maior reconhecimento.

A nossa viagem ao Roncador se dá mais por curiosidade do que por algum motivo ocultista. Por falarmos tanto desta região, estamos curiosos em ficar por lá uns dias e ver como as coisas são, obviamente, sobre a face da Terra. Eu estive em Nova Xavantina por 14 horas, em 2007. Cheguei no ônibus da manhã e voltei no da noite. Achei aquela região interessante porque a nossa percepção da realidade altera-se quando ali estamos.

Para uma pessoa um pouco mais sensível e intuitiva, aquela região tem algo de diferente do resto do Brasil. Tem algo especial que não se consegue apontar clara e objetivamente como quem diz "veja a cor das árvores". Por isso eu digo que nossa viagem tem dupla finalidade - uma bem óbvia, de conhecer um pouco mais de perto uma região tão venerada por nós da Sociedade Brasileira de Eubiose; e mais exatamente, para ficar um pouco mais que 14 horas na região e tentar entender que mistério ou "elemento especial" é este que todos sentimos quando estamos lá.

Tomara que logo eu tenha a resposta.

Por hoje é só. :)


Forte abraço!


ARI.

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